Tribos que vem e que vão.
Muita gente sobe e desce a Augusta, cada grupo de seu jeito, sua prima rica vai de porshe, seu cunhado vai acompanhado do cachorro, seus amigos de skate, e talvez você, assim como muitos, a pé mesmo. Nesse ir e vir de pessoas, as diversas tribos se esbarram no percurso e deixam claro suas diferenças.
Algumas tribos são muito expressivas, são elas os punks, emos, drag queens, góticos, GLS, hipsters, rastafáris, skinheads, hippies entre outras. Mesmo sem perceber, alimentados por esteriótipos, podemos até parecer para outras pessoas fazer parte de uma tribo, é natural que as pessoas julguem as outras pela aparência, não que aquilo seja verdade, mas o outro em um pré-julgamento decide que sim. É comum ver alguns grupos receberem olhares tortos por parte de outros, as vezes por estranhamento, as vezes por preconceito.
A maioria das tribos é pacifica e aceita que existam outras formas de enxergar o mundo. Mas nem sempre é assim que acontece, como é de conhecimento popular os Skinheads têm uma antiga desarmonia com os punks, o que já causou violentas brigas e algumas mortes, apenas pelo fato de terem pensamentos distintos.
No ano de 2003, três membros do “Carecas do ABC”, uma gangue skinhead conhecida por ser pouco tolerante, obrigaram dois jovens a pularem do trem em movimento só porque estavam com camisas de punk rock. Em 2007, um grupo de punks assassinou um skinhead a facadas na Augusta.
No ano de 2003, três membros do “Carecas do ABC”, uma gangue skinhead conhecida por ser pouco tolerante, obrigaram dois jovens a pularem do trem em movimento só porque estavam com camisas de punk rock. Em 2007, um grupo de punks assassinou um skinhead a facadas na Augusta.
"O
conflito pode ser definido como embate entre forças ou valências opostas e de
intensidade idênticas." (1994,
p.14) ou seja, é comum que tribos que pensam e agem diferente entre em conflito de interesses, o que não é natural é a intolerância a diversidade, a sociedade atual não aceita mais conceitos primitivos que
reprimia uma atitude contrária a própria. Compreender que nem todos têm o mesmo comportamento é essencial para um bom convívio, não só entre as tribos mas
entre todas as pessoas. Se a Rua Augusta é tão democrática, não cabe aos seus
visitantes discriminarem qualquer que seja o grupo.
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