Tribos que vem e que vão.

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Vista como um dos principais pontos de encontro de jovens a Rua Augusta traz os mais variados serviços a serem oferecidos, sendo assim área de laser de diversas tribos. Hoje em dias estamos mais acostumados a lidar com o "diferente", pois a ramificação de ideias e interesses abriu espaço para todos serem o que quiser, mas apesar de mais socializados com essa diversidade urbana, muitos pensamentos e ações ainda entram em conflito e defender um ponto de vista, ou uma crença se torna uma espécie de "obsessão", os jovens com seus nervos sempre a flor-da-pele acabam reagindo muitas vezes de forma negativa a alguém que traga uma maneira de se vestir, de pensar, de agir diferente e isso acaba gerando preconceito, que pode ser de uma tribo só ou de ambas as  partes.


Muita gente sobe e desce a Augusta, cada grupo de seu jeito, sua prima rica vai de porshe, seu cunhado vai acompanhado do cachorro, seus amigos de skate, e talvez você, assim como muitos, a pé mesmo. Nesse ir e vir de pessoas, as diversas tribos se esbarram no percurso e deixam claro suas diferenças.


Algumas tribos são muito expressivas, são elas os punks, emos, drag queens, góticos, GLS, hipsters, rastafáris, skinheads, hippies entre outras. Mesmo sem perceber, alimentados por esteriótipos, podemos até parecer para outras pessoas fazer parte de uma tribo,  é natural que as pessoas julguem as outras pela aparência, não que aquilo seja verdade, mas o outro em um pré-julgamento decide que sim. É comum ver alguns grupos receberem olhares tortos por parte de outros, as vezes por estranhamento, as vezes por preconceito.

A maioria das tribos é pacifica e aceita que existam outras formas de enxergar o mundo. Mas nem sempre é assim que acontece, como é de conhecimento popular os Skinheads têm uma antiga desarmonia com os punks, o que já causou violentas brigas e algumas mortes, apenas pelo fato de terem pensamentos distintos. 

No ano de 2003, três membros do “Carecas do ABC”, uma gangue skinhead conhecida por ser pouco tolerante, obrigaram dois jovens a pularem do trem em movimento só porque estavam com camisas de punk rock. Em 2007, um grupo de punks assassinou um skinhead a facadas na Augusta
.

 "O conflito pode ser definido como embate entre forças ou valências opostas e de intensidade idênticas." (1994, p.14) ou seja, é comum que tribos que pensam e agem diferente entre em conflito de interesses, o que não é natural é a intolerância a diversidade, a sociedade atual não aceita mais conceitos primitivos que reprimia uma atitude contrária a própria. Compreender que nem todos têm o mesmo comportamento é essencial para um bom convívio, não só entre as tribos mas entre todas as pessoas. Se a Rua Augusta é tão democrática, não cabe aos seus visitantes discriminarem qualquer que seja o grupo.











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Vintage: Um estilo de vida

16:26 0 Comments


Sabemos que por mais anos que se passem o passado não se apaga. Mas por quê? Algumas coisas nunca são deixadas para trás e nem devem. É por isso que algo de décadas atrás ainda está presente na sociedade. No entanto, o que ocasionaria na tão firme presença do que já se passou? O vintage está cada vez mais conquistando o gosto dos jovens, a maioria entra em contato com esse mundo através da família e não abandona mais o estilo.
Para aqueles que aderiram ao vintage não o consideram só um estilo, mas uma nova forma de ver o mundo e toda sua história. Apesar de o vintage ser tão associado à moda, também pode se realizar pelo gosto de determinados filmes e música. Claro, quando falamos de música não podemos deixar de ressaltar ídolos como Elvis Presley, Johnny Rivers, Chubby Checker, Beach Boys, Jerry Lee Lewis, The Beatles, e muitos jamais esquecidos por seu estilo próprio e toda a influência que trouxeram para a sua época, repercutindo por gerações e gerações.
São as repercussões que tornam o vintage tão importante quando inserido no mundo do jovem contemporâneo, visto que lhe proporcionam mais conhecimento e os levam a buscar uma nova perspectiva sobre tudo o que já aconteceu e que está acontecendo a sua volta. Portanto, o que começou como um elogio para vinhos antigos se tornou quase um legado, hoje, jovens “praticam” o vintage sem nem perceber, sendo no guarda-roupa, ou, até mesmo, em sua lista de reprodução musical.
A ascensão do vintage é eminente, e para saber mais sobre esse “estilo de vida”, vocês podem curtir nossa página do facebook Old But Gold ou, continuar visitando este blog, para ler nossas postagens todos os sábados.
Até a próxima!

Equipe Old But Gold.


Link:
https://www.facebook.com/pages/Old-But-Gold/613136582130828?fref=ts – Old But Gold (Facebook)

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Glossário básico do Parkour

18:28 0 Comments

Glossário básico do Parkour






Como já dissemos em nosso primeiro texto, a palavra "Parkour" vem do francês Parcours que significa percurso, mas o esporte possui outros termos em diferentes línguas. Você sabe o que é um Traceur? Ou um Vault? Então recoste-se na cadeira e continue lendo.

Vault
Traceur é uma palavra de origem francesa que denomina o praticante do Parkour do sexo masculino, para designar as mulher que praticam o esporte se utiliza a palavra traceuse, é comum chamar os praticantes de traker, que é a palavra de origem americana.
Newbie é o praticante novato, aquele com pouca experiência na modalidade e que normalmente comete alguns erros básicos. Embora se refira a um novato, esta não é considerada uma palavra pejorativa no mundo “Parkourístico”.
Run é como os clans ou crews, grupos que praticam o Parkour, se referem a um determinado percurso.
Como pode já ser percebido, embora o esporte tenha sua origem no país das baguetes, a maioria de seus termos está em inglês, já que é uma língua mais popular que o francês.
Roll 
Quando saltamos sobre um obstáculo, para preservar as articulações,  o traceur pode realizar 2 movimentos para amortecer sua queda: o roll, que é basicamente um rolamento sobre as costas que pode ser usado para pegar embalo na corrida, ou o landing, que é simplesmente um amortecimento dobrando os joelhos ao cair.
Mas para realizar estes movimentos supracitados, precisamos antes passar por um obstáculo.
Podemos realizar isso de praticamente qualquer forma, mas no esporte dos trakers, alguns movimentos são mais praticados pela sua eficiência.
turn valt com landing
Vault é um termo geral para saltar sobre um obstáculo utilizando somente os membros superiores, caso o praticante utilize as duas mãos e fique com o corpo em 180° em relação ao obstáculo, é chamado de turn vault.
Cat-leap
Cat-leap é o ato de se pendurar em algum lugar com as mãos através de um salto. Muscle up ou climb up denomina um tipo de subida sem o uso dos membros inferiores, somente com os braços. Tic-tac é utilizado para subir paredes, o atleta corre para pegar impulso, dá um leve “chute” na parede e utiliza este novo impulso para alcançar um segundo ou terceiro local no percurso.
Tic-Tac
David Belle, criador do Parkour, diz que é um esporte para as pessoas se tornarem independentes tanto física como psicologicamente. Para olhar para o mundo e não se sentirem mais presas a um local. Outras pessoas que praticam o esporte dizem que é mais do que um simples esporte, mas sim um estado de espírito, uma paz sem igual.
Por trás dos saltos, escaladas, rolamentos, balanços, está sempre uma filosofia. A de liberdade. De superar seus limites. Quando você se torna um traceur, você vê o mundo que o rodeia de outra maneira, não há mais limites para o corpo e a mente.
Mas algumas pessoas que não estão inseridas nesse meio acabam por julgar “aquelas pessoas correndo e pulando” como estranhos, muitas vezes chamando de macacos ou malucos.
Durante nossa visita ao treinamento do Le Partanos, uma das coisas que nos chamou a atenção era a disciplina.
Ao contrário de outros esportes urbanos, como por exemplo o skate, o Parkour segue uma disciplina quase que militar. Todos fazem o exercício juntos, quem desobedecer paga flexões, por aí vai. A principal regra era “Não desistir”. E o pessoal não desistia. Quando sentiam alguma fraqueza em um membro, fosse ele um newbie ou veterano, todos incentivavam. Contavam as flexões juntos. Contavam os saltos junto. Encorajavam. E como sempre o mestre terminava seus comandos com “Alfa!” e todos em uníssono respondiam “Urra!”.
Caso queira conferir um pouco mais dos treinos basta curtir a nossa page no facebook, Le Traceurs. E se quiser saber mais sobre a filosofia do parkour e seus benefícios não perca o nosso post da semana que vem. “Alfa!”

“Urra!”


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Rima Improvisada - Laboratório de Conhecimento

03:56 0 Comments

Através das Batalhas de Rima, foi possível perceber o alcance exercido pelos princípios do Hip-hop na vida dos jovens que participam, são práticas que acabam preenchendo algumas necessidades num determinado momento, retirado para o lazer, necessidades estas possivelmente não satisfeitas na escola, ou em outra situação convencional da sociedade.
O que notamos é que as batalhas de improviso, além de inicialmente ser uma busca por um lazer gratuito, em um tempo em que se divertir é quase sinônimo de pagar caro para tal, as batalhas de rima acabam sendo um espaço para se buscar um determinado tipo de informação, uma busca também pelo crescimento pessoal e pela cidadania, além, é claro, de ser uma oportunidade de se expressar e praticar a comunicação com o outro, sem constrangimentos.
Muitos que começaram através das batalhas, ouvindo os Raps mais presentes na mídia, passaram a pesquisar os Raps menos conhecidos e até a pesquisar outros estilos musicais. A busca pela informação e o compartilhamento da mesma, nos dias de duelo, acaba trazendo uma maneira a mais de pensar, talvez uma maneira não encontrada na família, na escola ou no trabalho.
Na maioria desses eventos sociais, os jovens relatam utilizar o aprendizado da batalha no dia a dia, de modo a serem mais proativos quando precisam de uma informação, ou até mesmo durante o ato de ler um jornal ou ver um programa de televisão com uma visão mais crítica e questionadora. Essas demonstrações artísticas, políticas e culturais cheias de definição e carregadas de informações do contexto histórico contemporâneo influenciam a vida e o pensamento dos jovens que participam desta cultura.
Podemos citar a “Batalha do Conhecimento” projeto desenvolvido e organizado pelo MC Marechal, como ele versa em “Griot” (“As batalhas falavam merda, eu fiz a do Conhecimento“), o projeto une a música com a transformação cultural proposta pelas raízes do Hip-Hop.
“Nas batalhas tradicionais, o improviso se limita a uma disputa. Na Batalha do Conhecimento há uma reflexão conjunta que constrói uma nova referência interna e externa, individual e coletiva. Como resultados têm um banho de raciocínio lógico, rápido, criativo, somado à cultura brasileira, ao aprofundamento e à reflexão dos assuntos”, explica Mc Marechal.
Diferente das competições tradicionais, a Batalha do Conhecimento preza pelo uso criativo de palavras pré-escolhidas e não necessariamente pelo deboche ao oponente; expressões são escritas em um quadro e os MCs precisam se virar para usá-las nas suas rimas.




Além de tudo isso, a proposta promove a junção entre as Artes Plásticas e o Rap.
Pela Batalha do Conhecimento também já passaram grandes nomes do Hip-Hop nacional como Maomé, do Cone Crew Diretoria, Nissin, do Oriente, Coé, AXL, Marcello Gugu, Mamuti, entre outros.
-Essa abertura para novos artistas acabou fazendo da Batalha do Conhecimento também um espaço de aprendizado profissional. A BdC não é apenas um evento direcionado ao público, mas é principalmente um projeto de qualificação da cena Hip Hop e um importante laboratório que estimula o trabalho autoral dos MCs. Além disso, em tempos de tribos e facções, ela vem se mostrando uma ferramenta de integração de grupos de jovens de diferentes regiões da cidade.


Este projeto já teve algumas edições, e esta terça feira dia 28 deu-se o retorno oficial, a partir das 16h30, no próprio MAR (Museu de Arte do Rio), no Rio de Janeiro. Com entrada gratuita, a disputa aconteceu em um palco montado no meio da exposição Deslize Surfe e Skate. Este projeto acontece todas as terças.
Clique aqui para ver o vídeo de chamada do retorno do projeto, no qual Mc Marechal convida todos a participar.

Quer saber mais sobre esse mundo da rima? Fica ligado, toda quinta tem postagem aqui no blog, e não se esqueça de visitar nossa Fan Page





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Dançar para Comunicar

15:57 0 Comments


Expressão de viver, dançar para comunicar.


                Dança é a arte de movimentar expressivamente o corpo seguindo movimentos ritmados, em geral ao som de música.

                Então, sabe o que estamos falando?

                Daquela sensação de frio na barriga, daquela beleza de ver e fazer um grande movimento 
com o corpo. Estamos falando das inúmeras sensações que a dança nos proporciona!

                A dança, além dos benefícios estéticos, proporciona doses de relaxamento e diversão, trazendo ao aluno uma diversidade de exercícios que ele não encontraria em mais nenhum esporte. Além disso, por envolver música associada ao movimento e expressão corporal, a atividade traz ao praticante, a sensação de liberdade e vivências diferentes com o corpo, por isso, dança pode ser considerada uma grande forma de comunicação, pois suas técnicas são usadas para entender o corpo como meio de comunicação entre o homem e a sociedade.

               A dança, em especial o Hip Hop, aprimora a respiração e a coordenação motora”. Também é um excelente meio de socialização. Não há limites para prática desta atividade, apenas adequação de acordo com nível de aprendizado e faixa etária.


               O filme "SE ELA DANÇA, EU DANÇO" é ótimo para que aprender e se encantar mais com a dança, se quiserem, também podem visitar a fanpage do grupo de dança BOOMBOX, você encontrará várias dicas sobre dança e datas de apresentações do grupo. É bem legal pessoal, vale a pena visitar e assistir!


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Cinema Underground: Onde os fracos não têm vez.

21:24 0 Comments

Talvez a indústria em que o underground como estilo esteja mais escondido (e talvez por isso bem melhor preservado) seja na indústria do cinema. Com uma alta mercantilização e exposição dos filmes Hollywoodianos, a produção independente e mais visualmente agressiva ainda ocupa a periferia das locadoras e só pode ser achada, na internet, em sites especializados em cinema ou blogs underground.

O cinema underground começou a ganhar notoriedade nos anos 80, em que o gênero de horror (gênero com o qual o cinema underground trabalha muito) teve um revival depois de um período de latência de aproximadamente 30 anos. O uso de sangue gráfico e temas sobrenaturais e violentos, como possessões e fantasmas foram a marca da produção underground oitentista, que ganhou ares de “cinema de terror”.

Os anos 90 trouxeram novo vigor a produção underground independente, elevando algumas produções a verdadeiros fenômenos do cinema. O que dizer de Clube da Luta ou Cães de Aluguel, ambos filmes que têm temáticas underground e viraram grande sucesso de bilheteria e filmes favoritos da galera cult nos blockbusters? Pode-se perceber em ambos os casos, como os temas em voga na década de noventa (conflitos internos como depressão, a vida em grandes metrópoles, intrigas de espionagem internacional e violência explicita e gráfica) facilitaram uma maior inserção da produção underground no mercado comum. Além da conquista do espaço desse mercado, alguns filmes dos 90 entraram para listas de grandes filmes underground de blogueiros especializados no tema.

Um desses filmes, que eventualmente figura nas listas dos fãs de carteirinha de cinema underground é, com certeza, Begotten (1991, Estados Unidos). Produzido, escrito e dirigido por E. Elias Merhige, o filme é uma produção independente até a medula, com uma estética suja e com aparência de mal acabada para passar ao espectador o sentimento de sofrimento e angustia, mensagem que o diretor quis deixar clara a todo tempo. Todos esses elementos, além da admiração obscura que esse filme tem no cenário underground, o tornam notoriamente um dos grandes filmes do gênero de todos os tempos.
Cena do Filme Begotten, de E. Elias Merhige.

O filme não tem roteiro,apesar disso, consegue transmitir de maneira pungente sua história. Há apenas três personagens na história, como os créditos apontam ao final: “Deus”, a “Mãe natureza” e o “Filho da terra”. Deus morre no começo do filme, deixando uma terra a mercê da Mãe natureza, ou seja, entregue aos desígnios mais naturais e primitivos. A Mãe natureza aproveitando-se dos restos de Deus gera o Filho da terra, um ser aparentemente deformado e mentalmente deficiente que sofre ao longo de todo o filme, sendo sempre acompanhado por horrendas  criaturas sem face.

O filme é todo filmado em preto e branco e foi refotografado várias vezes para dar o acabamento final, com uma aparência de filme caseiro e com a fotografia bem arranhada. O diretor conta que, para cada minuto do filme, foram necessárias 10 horas para criar a aparência desejada.


Todos estes elementos fazem de Begotten um dos filmes favoritos do cenário Underground, que consegue manter um público fiel e sua produção independente mesmo através dos anos 2000, em que houve uma ofensiva Hollywoodiana de refilmagens e filmes “épicos”. Para um gênero que vive de mostrar o que as vezes é mais repugnante ou perturbador para a sociedade, o gênero Underground tem ido bem.

                                                                                  TOCA ALTERNATIVA.

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Fã de Raul e de mim!

10:00 0 Comments

Carteirinha de Raul Seixas
do fã-club de Elvis 
Para o fã, o ídolo equivale a um Deus, eterno e inatingível até mesmo pela morte. E, numa tentativa de se identificar e demonstrar essa identificação com o adorado, o adorador muitas vezes exagera com atos como tatuar imagens ou nomes em diferentes partes do corpo, faz ofertas inusitadas, acampa horas sem conforto em lugares estratégicos e até tem atitudes truculentas com os seguranças e contra a própria vida, mudando hábitos, costumes e valores para ter uma maior identificação com o ídolo. Vale tudo para confirmar o ‘amor incondicional’.
Isso começa pois há uma necessidade inconsciente do ser humano em criar ídolos, até mesmo para viver melhor. Por exemplo o que ocorre na adolescência: sonhamos com ídolos, pois podemos amar de forma plena, com uma entrega total, sem corrermos o risco do abandono. Podemos entender isso como uma fuga da realidade, como uma tentativa de amenizar as frustrações, ou seja, diante de algo que não gostamos, ou não nos satisfaz, procuramos algo que, apesar de ilusório, nos agrada.
Os jovens sempre elegem um ídolo a seguir, seja pelo motivo que for, esteja o ídolo vivo, ou morto. Quando a mensagem que esse ícone passa reflete de alguma forma na vida do jovem, esse a abraça e a leva, imortalizando cada vez mais seu ídolo.
Sylvio Passos e Raul Seixas
É muito comum esse amor incontrolável por um ídolo na juventude, muitos o levam para sempre, mas geralmente o fanatismo surge ou explode na juventude, pois é nesse momento que existe uma grande disposição em acompanhar seu ídolo em shows, eventos, ideias de homenagens e etc.
Um eterno ídolo é Raul Seixas, que 25 anos após a sua morte, continua reunindo fãs e seguidores, os chamados “malucos beleza” ou “raulseixistas”.

Títulos?! Rótulos?! Fãs de Raul não curtem isso, até o próprio cantor, quando
vivo, não gostava do termo “raulseixistas”, denunciando que os fãs o viam como um guru, um Deus, um salvador da pátria, como conta Sylvio Passos, fundador do fã-clube oficial de Raul Seixas. “Eles não entenderam que, pela filosofia de Raul, só ele poderia ser ‘raulseixista’ e cada um deveria buscar sua própria filosofia de vida, seria praticamente uma sociedade anarcoindividualista. Eu acredito que, para quem compreende de fato, a coisa no todo remete a isso: Você ser a sua própria religião, seu próprio país, ser o centro de tudo sem prejudicar os outros e nem querer ser melhor do que
ninguém
”. Apesar de muitos gostarem da definição “Malucos Beleza”, uma vez que a ‘Sociedade Alternativa’ de Raul Seixas e Paulo Coelho era uma desculpa para ser maluco e abusar do álcool e drogas, para Sylvio Passos, a idéia de uma Sociedade que incentivava a autenticidade era interessante, essa seria a melhor ‘definição’ “autenticistas” para os “Malucos Beleza”. Assim, cada um tem liberdade para decidir o que é e como quer ser chamado, e que maluco mesmo é quem não tem coragem de ser o que é.





Curtam nossa página, malucos beleza!!!!

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A tatuagem como reflexo de apropriação do espaço urbano

08:36 0 Comments

COMO VIMOS NO POST ANTERIOR DO NOSSO BLOG, EXISTEM MUITOS ASSUNTOS RELACIONADOS À TATUAGEM. HOJE FALAREMOS UM POUCO MAIS SOBRE COMO A TATTOO REFLETE NO ESPAÇO URBANO.

QUANDO FALAMOS DESTE ASSUNTO, LOGO LEMBRAMOS OS FAMOSOS GRAFITES, QUE HOJE, CERCAM AS RUAS COM SUAS PINTURAS, QUE REVELAM A PERSONALIDADE, SENTIMENTOS, E ATÉ MESMO SIGNIFICADOS DOS QUE OS PRODUZEM.

A PRINCÍPIO PODEMOS DIZER QUE O GRAFITE E A TATUAGEM POSSUEM MANIFESTAÇÕES OPOSTAS, JÁ QUE UM NÃO É PERMANENTE, E O OUTRO SIM.

O GRAFITE E A TATUAGEM SÃO EXPRESSÕES ANTIGAS, PORÉM CONTINUAM COM GRANDE DESTAQUE NO ESPAÇO URBANO. AMBOS USAM RECURSOS VISÍVEIS COM GRANDE PODER COMUNICATIVO PARA TRANSMITIR VALORES E IDEIAS.

EM MEIO A ESSA FORMA DE COMUNICAÇÃO, GRANDES ARTISTAS PASSAM A TRABALHAR COM OS DOIS ELEMENTOS, COM MAIOR FACILIDADE.

UM EXEMPLO DISTO É LANGO OLIVEIRA, BRASILEIRO, NATURAL DO RIO DE JANEIRO, E QUE HOJE ATUA NO STUDIO SKULL E SWORD TATTOO STUDIO, LOCALIZADO NA CALIFÓRNIA.

LANGO TRABALHA E SE INSPIRA NOS SENTIMENTOS PARA REALIZAR SEUS DESENHOS, TANTO NA CIDADE QUANTO NO CORPO DAS PESSOAS. VEJAM SEU TRABALHO A SEGUIR:

Trabalho feito em grafite

Tatuagem 


COM EFEITO, PODEMOS CONCLUIR QUE NAS CIDADES UTILIZAMOS TAMBÉM A MESMA ARTE DE EXPRESSÃO QUE A TATUAGEM TRANSMITE, PORÉM COM MATERIAIS E MANEIRAS DIFERENTES DE REALIZAR.
BOM GALERA, POR HOJE É SÓ! EM BREVE POSTAREMOS MAIS CURIOSIDADES SOBRE TATTOO.




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Coisa de mulherzinha

16:59 0 Comments


Dizem que nós mulheres somos o sexo frágil, por esse motivo crescemos escutando que menina tem que fazer coisas de menina, e o resto deixamos para os homens. Desse modo quando pensamos em skate, logo vem a imagem de um menino andando, fazendo suas manobras e exercendo toda a sua macheza, certo ? Errado, o skate exige adrenalina, coragem e principalmente força, e isso não significa que seja exclusivo do mundo masculino, é normal dos estereótipos da nossa cultura querer que a gente acredite nisso. 


Patti Mcgee, a primeira skatista feminina profissional.
As meninas invadiram o skate, e não foi de hoje. Desde a década de 60 do século passado há registros de mulheres que andavam de skate, mas foi Patti Mcgee, norte-americana nascida em 1945, a primeira mulher a se tornar skatista profissional, isso aconteceu em 1965, quando venceu o campeonato Nacional nos Estados Unidos, nesse mesmo ano ela saiu na capa de uma das revistas mais famosas daquela época, a Life. 

Abrindo os olhos da sociedade e da mídia, quando as mulheres, apesar do pouco incentivo e prática, estavam cada vez mais mostrando a que vieram, isso não só no skate, aos poucos foram provando que podiam sim ser femininas e praticar qualquer esporte que até então era só executado pelo homem. Uma pesquisa acadêmica que foi desenvolvida na Universidade Gama Filho (UGF) do Rio de Janeiro analisou os discursos veiculados na internet em blogs de meninas skatistas, e comparou-as com a Deusa Ártemis, a heroína guerreira do Olimpo.


A verdade é que as meninas entraram pra arrebentar, colocaram suas calças largas, joelheiras, cotoveleiras, capacete, luvas, espuma no bumbum, pintaram as unhas e começaram a praticar esse esporte, igual ou melhor que os meninos. Não podemos deixar de falar que as mães ficaram loucas quando viram suas menininhas praticando aquele esporte agressivo, suas sapatilhas foram trocadas por skate, o coque no cabelo foi trocado por boné, seus vestidos justos e rosas foram trocados por calças largas e camisetas rasgadas, suas apresentações clássicas em teatros foram trocadas por competições em pistas de skate.
Pode parecer um tanto quanto assustador, mas a verdade é que pra ser uma menina skatista precisa de muito mais coragem do que se pensa. 




No universo do skate, uma vertente de sua filosofia é não ter preconceitos, ou seja, é não alimentar as diferenças, isso quer dizer que os próprios meninos skatistas apoiam as garotas, porém, para o resto da sociedade, pode não ser certo, gerando discussões como a duvida da sexualidade da garota skatista ou coisas do gênero. Mas será que isso muda alguma coisa no skate?


O que a sociedade precisa entender é que o skate vai muito além do esporte, é uma filosofia de vida, o skate salva vidas, e não pode ter espaço para olhares maldosos e comentários derrotistas. Além do mais, a sensação de estar em cima de um skate é indescritível, é poder sempre levar a vida como uma louca viagem.





Aêe galera, essa foi mais uma postagem nossa.. Quer ficar por dentro das novidades?! É só curtir nossa Fan  Page  :)) 


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