A FEMINILIDADE NO ASFALTO
Patti McGee foi a pioneira do skate feminino e logo adotou o hobbye como profissão. Durante sua carreira, foi capa da revista Life, onde aparecia fazendo a manobra “handstand”, para os desinformados de plantão, tal manobra consiste em ficar de cabeça para baixo, com as mãos sobre o shape e as pernas eretas. Um tanto radical não acham? E ela não parou por aí, foi capa também da revista Skateboard Magazine e fez um comercial para TV. Além disso, Patti foi campeã do “Woman’s Title Skateborads Us National” um campeonato que aconteceu nos EUA dedicado às mulheres.
Na década de 70 o skate deixou de ser apenas brincadeira e passou a se tornar um estilo de vida. Novas pistas, manobras, modalidades e campeonatos foram surgindo dando um tempero especial a esta prática e em meio a todo esse cenário descobre-se uma garota californiana, Kim Cespedes, apaixonada pelo esporte, que se tornou a primeira campeã mundial do skate em 1975 em Del Mar e passou a fazer parte de um grupo de skatistas patrocinados pela “Tracker Trucks”. Que vitória, hein!
Em 1980, o asfalto brasileiro se transforma em palco para um espetáculo de manobras com
uma pitada de beleza feminina. Mônica Polistchuck, uma das mulheres referencias
na década de 80, não apenas realizava manobras mas sim, fazia movimentos
elaborados com um nivel de dificuladade elevada que até os homens ficavam de boca aberta.
No fim dos anos 80, Leni Cobra
conquistou o título mais importante para sua carreira, sendo a primeira campeã de “Street Style'” em um
campeonato realizado em Guaratinguetá .
Na entrada do século XXI as mulheres
foram esquecendo antigos preconceitos e aderindo cada vez mais a este vìcio
pelo esporte. A dentista Renata Paschini é uma delas, aos 30 anos pratica o
esporte desde os 13 e é vice-campeã mundial do skate na modalidade vertical.
Ela acredita que a mulherada ainda não tomou conta totalmente do skate por medo
de se machucar devido às quedas que podem ocorrer e teoricamente a mulher é
mais frágil neste sentido, porque seria mais sensível a dor. Mas não são as
mulheres que enfrentam a dor de um parto? A maior de todas? Vai entender...
Leticia Bufoni é outra que promete: tem somente 20 anos e já possui duas medalhas de ouro, uma em X-Games e outra nas Olimpiadas dos esportes radicais , além de ser líder do ranking na categoria street do skate há três anos.
A carioca Christie Aleixo já viajou
diversas regiões do país andando de skate e organizando eventos. Em 2011 foi a
primeira skatista brasileira no Skate Dowhill a se tornar profissional e hoje
tem sua base na capital paulista.
Agora vamos falar da “It Girl” do momento, Karen Jonz, santista radicada em Santo André, com dois títulos do circuito mundial e quatro medalhas nos X-Games, Karen é, sem dúvida, umas das melhores skatistas brasileiras. O skate é sinônimo de dedicação e responsabilidade na vida da garota, as brincadeiras na pista a levaram a um título europeu logo em seu primeiro concurso profissional. E ela não parou por aí. Com a ajuda de um amigo, desenvolveu a própria marca, a Monstra Maçã, para a qual produz desenhos, modelos e aos poucos pretende concretizá-la no mercado.
Pensando em deixar as mulheres menos
inseguras em relação a este esporte, estas principais garotas se juntaram
e fundaram a Associação Feminina de Skate, que é uma organização não governamental que tem
como objetivo divulgar o skate feminino e trazer mais adeptos e adeptas a este
esporte.
Com tantas garotas diferentes, nas mais
variadas épocas, acredito que vocês já tenham percebido que nós mulheres viemos
para ficar, vemos e praticamos este esporte muito mais do que como um simples
hobbye já é um estilo de vida. Então, pegue seu skate e venha para o asfalto
fazer manobras incríveís, mas antes não esqueça de curtir nossa página: ROLL IT!
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