Coisa de mulherzinha

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Dizem que nós mulheres somos o sexo frágil, por esse motivo crescemos escutando que menina tem que fazer coisas de menina, e o resto deixamos para os homens. Desse modo quando pensamos em skate, logo vem a imagem de um menino andando, fazendo suas manobras e exercendo toda a sua macheza, certo ? Errado, o skate exige adrenalina, coragem e principalmente força, e isso não significa que seja exclusivo do mundo masculino, é normal dos estereótipos da nossa cultura querer que a gente acredite nisso. 


Patti Mcgee, a primeira skatista feminina profissional.
As meninas invadiram o skate, e não foi de hoje. Desde a década de 60 do século passado há registros de mulheres que andavam de skate, mas foi Patti Mcgee, norte-americana nascida em 1945, a primeira mulher a se tornar skatista profissional, isso aconteceu em 1965, quando venceu o campeonato Nacional nos Estados Unidos, nesse mesmo ano ela saiu na capa de uma das revistas mais famosas daquela época, a Life. 

Abrindo os olhos da sociedade e da mídia, quando as mulheres, apesar do pouco incentivo e prática, estavam cada vez mais mostrando a que vieram, isso não só no skate, aos poucos foram provando que podiam sim ser femininas e praticar qualquer esporte que até então era só executado pelo homem. Uma pesquisa acadêmica que foi desenvolvida na Universidade Gama Filho (UGF) do Rio de Janeiro analisou os discursos veiculados na internet em blogs de meninas skatistas, e comparou-as com a Deusa Ártemis, a heroína guerreira do Olimpo.


A verdade é que as meninas entraram pra arrebentar, colocaram suas calças largas, joelheiras, cotoveleiras, capacete, luvas, espuma no bumbum, pintaram as unhas e começaram a praticar esse esporte, igual ou melhor que os meninos. Não podemos deixar de falar que as mães ficaram loucas quando viram suas menininhas praticando aquele esporte agressivo, suas sapatilhas foram trocadas por skate, o coque no cabelo foi trocado por boné, seus vestidos justos e rosas foram trocados por calças largas e camisetas rasgadas, suas apresentações clássicas em teatros foram trocadas por competições em pistas de skate.
Pode parecer um tanto quanto assustador, mas a verdade é que pra ser uma menina skatista precisa de muito mais coragem do que se pensa. 




No universo do skate, uma vertente de sua filosofia é não ter preconceitos, ou seja, é não alimentar as diferenças, isso quer dizer que os próprios meninos skatistas apoiam as garotas, porém, para o resto da sociedade, pode não ser certo, gerando discussões como a duvida da sexualidade da garota skatista ou coisas do gênero. Mas será que isso muda alguma coisa no skate?


O que a sociedade precisa entender é que o skate vai muito além do esporte, é uma filosofia de vida, o skate salva vidas, e não pode ter espaço para olhares maldosos e comentários derrotistas. Além do mais, a sensação de estar em cima de um skate é indescritível, é poder sempre levar a vida como uma louca viagem.





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