A tatuagem como prática de comunicação adotada pelos jovens.
Como prática cultural, a tatuagem se apresenta como elemento de referência dentro de um determinado grupo social, possuindo uma linguagem imagética que cria identidades culturais que norteiam a vida das pessoas.
Na modernidade, a identidade está mais ligada à individualidade do que propriamente à tribo, grupo, ou coletivo, como tradicionalmente ocorria.
A partir do pós-guerra, por influência das mídias nas sociedade de consumo, a identidade está cada vez mais presa ao modo de ser do indivíduo, à sua aparência pessoal, à produção de uma imagem.
É ai que surge a tatuagem como símbolo cultural imagético, criador de identidade a partir da manifestação corporal, lembrando que uma das fronteiras que definem quem somos nós, e serve de fundamento para a identidade é o corpo.
Se somarmos a isso o fato de que na sociedade contemporânea, os jovens passam por uma fase de auto-afirmação muito intensa, a tatuagem assume nesse processo forte grau de significância, podendo ser associadada a um ritual de passagem, crescimento ou evolução.
O jovem que se tatua faz uso de uma ferramenta de linguagem, e busca provocar identificação a partir da aplicação de seus padrões culturais estampados na própria pele, ganhando aquele signo conotações diversas, dependendo do ambiente em que se estiver inserido.
Como signo, a tatuagem produz comunicação imediata através da mensagem visual instantânea nela representada, e quem a recebe é capaz de sentir uma identificação imediata (ou repulsa).
A bem da verdade, o jovem que se tatua faz denotar o desejo de sair do anonimato, de se tornar uma pessoa única, e ao mesmo tempo buscar a integração a uma determinada tribo urbana, muito embora sejam vários os motivos que levam as pessoas a se identificar com a prática da tatuagem.
Dai a importância dela, tatuagem, na cultura jovem contemporânea.
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