As batalhas de ÉSSI P.
Mais do que os astros de renome nacional e internacional, o que constrói o Hip Hop é seu poder de mobilização de bases, formação política, discussão comunitária. Sua mistura de ritmos e sua batida mais acelerada trazem discursos de empoderamento, enfrentamento ao racismo e ao preconceito de classe.
Enfim, normalmente, nas batalhas aqui do Brasil existe um respeito monstruoso entre os adversários. Mesmo se você não conhece o cara, o próprio clima que envolve um evento como esse te faz respeitá-lo. Por mais que exista muito bairrismo, é bem difícil um MC criticar intensamente o resultado do voto do público (que na maioria dos eventos é quem decide o vencedor). Além disso, existem regras do que você pode e não falar, muitas vezes desclassificando racismo, homofobia, falar mal da mãe e algumas outras coisas.
Sem contar que uma batalha de MC é como um esporte (de preferência um de luta): o seu adversário sabe que você vai “bater” nele e ele sabe que vai ter que se virar a partir disso. Quando você aceita entrar na batalha, você, na maioria das vezes, sabe onde está se metendo. Ou seja, é bem normal humilhar e ser humilhado, mas acabar conhecendo diversas outras pessoas e fazendo uma pá de amigos…
Em nosso grande estado de São Paulo, contamos com praticamente as principais e mais famosas do Brasil, dentre elas:
Rinha dos MC’s, idealizada por DJ DanDan e MC Criolo, é um dos projetos mais autênticos e tradicionais do hip hop Brasileiro. Surgiu há 07 anos, no extremo sul da cidade de São Paulo, vindo da necessidade de ter um espaço para diálogo entre os jovens artistas da região. Inicialmente organizava principalmente as batalha de MC’s, mas trazia outras manifestações artísticas como xadrez, exposições, grafitti show de rap e outros. A Rinha dos MC’s se popularizou tanto que virou um conceito entre as Batalhas de MC’s. Hoje em dia, além das batalhas de freestyle, a Rinha se consolidou como projeto de hip hop promovendo apresentações de grupos de rap e danças urbanas, grafitti, discotecagem e outros, porque acredita que é necessário fomentar todos os elementos do hip hop brasileiro.
Batalha do St. Cruz, Quem é da rua, batalha na rua. Muitos MC’s passaram por lá, entre eles: Rashid, Projota, Emicida, Thiagão, Gapa, Marcello Gugu e outros que contribuíram nas batalhas, na divulgação, semeando o nome e o ideal da Batalha do Santa Cruz. O primeiro encontro aconteceu em 2006, em frente ao Shopping Santa Cruz. Já na sua segunda edição, cerca de 200 pessoas estavam reunidas e segue nesse ritmo até hoje no mesmo local.
Já existem alguns documentários sobre a batalha. O “O Berço da Rima”, por exemplo, é um documentário realizado pela Estilo Livre Produções sem fins lucrativos, com o intuito de colocar em evidência a batalha do santa cruz e o rap nacional, eternizando, assim, o evento.
Assista, vale a pena conferir !!!
A Batalha da Leste, realizada na plataforma de acesso
à Arena Corinthians, sempre conta com
grande número de pessoas que passam pela estação e param para conferir o
confronto das duplas, que ocorre de maneira democrática entre homens e
mulheres. Segundo as regras de convivência, durante a batalha não é permitido
nenhum tipo de ofensa ou palavrões.
A
competição teve início no ano de 2011, como conta o criador e organizador,
Augusto Oliveira. Segundo ele, a iniciativa surgiu da falta de espaço em
celebrar o estilo musical na cidade. “Percebi que muitas das pessoas que
participavam das batalhas nos grandes centros moravam na Zona Leste de São
Paulo”, disse.
A Batalha Racional
(Sexta Free) acontece em frente ao Banco Safra, na Avenida
Paulista. Onde milhares de pessoas passam todos os dias, um grupo de MC´s chama
atenção. A cada edição, rimas pesadas, o tema é decidido na hora e aí, se vacilar,
já era. A cada edição, constante evolução, rimas pesadas
e muita informação.
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Um salve aos Partideiros, Repentistas e claro os versadores ;)
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