Parkour - Acobratas urbanos

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Parkour - Acobratas urbanos


     Toda quinta-feira a partir desta, traremos para vocês histórias, explicações, entrevistas, experiências e muito mais sobre o “Parkour”. E curtam nossa fan page no facebook Le Traceurs

David Belle um dos criadores do parkour atual
Parkour basicamente é a arte de se deslocar da maneira mais rápida e eficiente usando somente seu corpo. Esse esporte tem suas raízes na França onde sua inspiração veio principalmente do treinamento militar parcours du combattant (percurso do combatente) que por sua vez foi inspirado no "método natural de educação física" criado por Georges Hébert no século XX, mas o Parkour como conhecemos hoje foi criado por David Belle e Sebastien Foucan.
      A prática do Parkour se difundiu pelo Brasil em meados de 2004, com vários jovens se aventurando e estudando as filosofias do esporte, eficiência e liberdade do ser. Entre os praticantes daquela época um nome se destaca: Leonard Akira, criador o primeiro site dedicado totalmente ao Parkour no Brasil, o Le Partanos, e instrutor do primeiro curso da modalidade em solo tupiniquim. Decidimos estudar a prática mais de perto e fomos a uma aula do curso, onde aproveitamos para fazer uma entrevista com Leonard. Para saber mais detalhes de como foi a aula, leia a crônica do insider Gabriel Isidoro, apelidado pelo grupo de Japa.

Le Traceurs (LT): O Parkour te faz ver a cidade de uma forma diferente?
Akira (A): Sim. Atualmente se tem uma visão muito plana da cidade, parece que tudo é reto, já o traceur (nome dado ao praticante de Parkour), tem uma perspectiva mais tridimensional da cidade. Paramos de olhar à frente e aprendemos a olhar para cima, ver as possibilidades, desafios, e pensar como vou superar aquilo de uma forma bacana e sem perder a velocidade. Esse é o “jogo” do parkour.

LT: Já que o Parkour nasceu na França, existe alguma diferença para o brasileiro? Algum “jeitinho” brasileiro?
A: Na verdade existem dois “tipos” de Parkour, o original e free-running que é cheio de acobracias, mortais e campeonatos, porém os riscos de acidentes e lesões são muito maiores que no original e por isso cada vez mais as pessoas estão voltando a raiz do parkour. Quando eu criei o Le Partanos, a minha ideia era a de trazer o treino original, com filosofia, conduta e disciplina, por isso, eu lhe garanto que aqui se aprende o parkour francês original, já em outras academias não posso te garantir o mesmo.

LT: Você praticava algum esporte antes do parkour?
A: Pratiquei artes marciais, andei um tempo de patins e Boulder (escalada sem corda), mas nada era algo que eu queria levar pra minha vida. Já o Parkour é uma coisa que eu me dedico de verdade, estou sempre pesquisando, vendo conteúdo, desenvolvendo métodos. As outras atividades eram mero lazer, o Parkour já virou trabalho, estilo de vida... é o meu estilo de vida isso aí.

LT: Você trabalha com algo fora o Parkour ou ele é o seu ganha pão?
A: A maior parte da minha renda vem do Parkour, das aulas. Outra parte vem do trabalho pra TV, e eu também sou sócio de uma empresa que vende quadricópteros para filmagens aéreas, então eu tenho esses dois trabalhos. Já trabalhei como guarda costas, mas hoje em dia não aceito mais, não vou ficar me arriscando pra morrer em São Paulo de bobeira.

LT: Como e com quem você aprendeu o Parkour?
A: Eu aprendi sozinho, sou autodidata do Parkour. Comecei em 2004 vendo vídeos... vídeos não, vendo fotos e .gif’s na internet, e na era do youtube eu comecei a aprender bem melhor.

LT: Você já sofreu algum preconceito ligado a pratica do parkour?
A: Já sofri sim. A polícia antigamente abordava a gente durante os treinos, hoje em dia ainda somos abordados, mas bem menos do que antigamente porque a polícia municipal, militar e civil conhecem a equipe Parkour Brasil por causa do uniforme que a gente tem, e somos a primeira equipe no Brasil a ter uma organização nesse porte.


Se quiser passar por uma experiência de Parkour pode se cadastrar no Le Partanos. Faça o cadastro e venha para uma aula teste, sentir a pegada do treino. Quer ter um preparo físico? “As portas da rua estão abertas” e a gente vai te receber super bem ai no treino. É isso, urra!!!


Confira as “crônicas de japa” em nossa pagina Le Traceurs.

Blog de Cultura Jovem

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

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